quarta-feira, 16 de julho de 2008

Projeto Manhattan

No centro do fracasso da sua utopia,
Escravos escrevem poemas
Em cemitérios de alegorias
Meu coração envenenado
Pulsa firme apesar dos edemas
Apesar das mentiras

Escrevo o nome dela em minha carne
Feridas são flores escarlates
Que dou para provar meu amor

Carcaças podres de um futuro abisso
Acumulam-se no deserto venéfico
Sobre a gênese de uma tribo
Meu corpo incinerado
Pelo fogo bélico
Ainda é vivo

Guardo uma mecha de seu cabelo perfumado
Um amuleto em meu peito despedaçado
Que guardo para conservar seu calor

Um comentário:

Murilo Costa disse...

estilão augusto dos anjos heinhô