quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Raízes Arcaicas

Dádiva podre, sangue da alvorada
Voraz em seu nome, oh minha musa mutilada
Louvada as dores, soberba toxina
Acentuando as cores da minha alma distorcida
Lucidez nervosa, aceleração cardíaca
O perfume de mil rosas não me toma da carniça

Asas despedaçadas, olhos incandescidos
Enxuga-me as lágrimas e silencia os meus gritos
A ferida é cálida, a navalha é tingida
Ignoro sua falácia, só dou ouvidos à agonia
Espelho de bronze, frenesi interrompido
Rastejo ao horizonte, amaldiçoado seja o seu sorriso