quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Espera da Febre

Em um vôo cego
Vou como um inseto
Em sua direção
Seu calor me cala
Ela me abraça
Com um sorriso de rejeição

Sentado no parapeito
Incerto de onde está o chão
Um velho devaneio
A vista branca
Precede a colisão

A espera da febre
A espera da febre
Quantas horas até o senão?

Envolvido em um cheiro horrendo
De uma repugnante redenção
O sangue na ponta dos dedos
A porta aberta pra qualquer vilão

Avisto minha fuga
Da verdade absoluta
O amor de qualquer puta
Lubrifica meu coração

A espera da febre
A espera da febre
Quantas horas até o senão?

Semeando um campo árido
Te amei calado
E cada movimento
Era uma confissão

Carta de um tarot marcado
Jaz enforcado
O jogo desfeito
Em suas mãos

A espera da febre
A espera da febre
Quantas horas até o senão?