segunda-feira, 21 de julho de 2008

O Canto da Castidade – Ato Único

O TOLO
Eu era um rapaz saudável
E casto. Vivia em uma bolha
E mamãe me amava. Até que
Em um outono conheci os
Seus lábios. Agora desmaio em
Banheiros de locais depravados.

CORO
O amor o deixou insano!

O TOLO
Não mesmo!

O CORO
O amor o deixou insano!

O TOLO
Eu não lembro!

A MOÇA
Eu era uma dama virginal
E delicada. Quando um homem
Surgia, eu logo corava. Até que
Em uma primavera eu conheci
Esse fardo. Agora desperto em
Tavernas e não sei quem está em meus braços.

CORO
O amor a alucinou!

A MOÇA
Isso não é amor!

CORO
O amor a alucinou!

A MOÇA
Não, por favor!

O TOLO
O absinto me enerva e só faço
Bobagens. Pego doenças venéreas
E faço promessas desagradáveis...

A MOÇA
Não me recordo dos seus galanteios,
Temo por sua aparência e te amaldiçôo
Se grávida. Não quero saber de
Promessas, a mim você não é
Mais que um pedaço de carne.

O TOLO
Quantas sutilezas! Pouco me importa
Como me trata! Entre você e “aquelas”
A diferença é que você é de graça!

CORO
O amor os deixou insanos!

A MOÇA
Ah, esqueça!

O CORO
O amor os deixou insanos!

O TOLO
Oh, não!

O CORO
O amor os deixou insanos!

A MOÇA
Por que não me deixa!

O CORO
O amor os deixou insanos!

O TOLO
Não, dessa vez não!

Um comentário:

Edu Guimarães disse...

Caralho, que louco isso!