quinta-feira, 19 de abril de 2007

Os Imortais

Na escuridão do seu olhar eu vi meu desespero
Um sonho despedaçar e o amor virar desprezo
As suas mãos me tocam, mas nunca me alcançam
Um coração se cala e uma voz me chama
Eu estou aqui por você, mas não vejo um motivo
Não há nada a se temer, não há nada a ser esquecido

Espere pela tormenta e beije alguém que te odeia
Deseje uma musica lenta e dance a noite inteira
Não há mais damas na pista de contra mão
Não há mais nada à vista além de tensão
Eu não tenho armas e não me importo em perder
A luz estará salva ao amanhecer

Nós somos os reféns de um assassino perfeito
Carregados de desdém cuspimos em seu peito
Mas ninguém nos espera na outra margem
Carregamos as seqüelas e caímos em combate
Nossas almas se consomem demandando por sangue
Todas as falhas eclodem e sinos tocam distantes

Meu triste amor o que foi que a atingiu?
Seu sangue sem cor, sua lucidez senil
O que nós perdemos na mudança da lua
Celebrando o lamento inebriado das ruas?
Quando foi que a esperança se tornou uma lembrança
De um dia sem trevas e de uma noite de insônia?

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