quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Vermes

Feridas, delírios, fetiches
Um abismo que busca consolo
A amarga verdade é tão simples
Seu silêncio perturba meu sono
Paixão que conduz a demência
Instintos perdem o controle
Um amor maior que a existência
E tudo é tão vazio como antes

Por favor, ainda não me abandone
Faça tudo, mas fique por perto
Esse desesperado nojo que me consome
É o mais perto que eu já tive de um afeto

Em busca da droga perfeita
Percorro galerias de ilusões
Abandono a noite desfeita
Um anjo sussurra revelações
Auto-indulgência me leva ao ridículo
Espero carícias na escuridão
Seu toque é vulgar e abrasivo
Você é um bom motivo para a solidão

Ainda enxergo o menino
Que grita por socorro
Drenando o espírito
Até um ponto sem retorno
Madrugadas se perdem
A cidade banhada em sangue
A selvageria me impele
Mas nunca é o bastante
Da euforia ao lamento
Eu só desejo vingança
Se aconchegue em meu peito
E se deleite com as chamas

Nenhum comentário: