quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Nem Migalhas, Nem Ilusões

Olho para o infinito e busco a mim mesmo
Procuro saídas, um sonho que valha a pena
Sentimento impreciso, mágoa, fúria ou medo?
Condenando a vida a repetição da mesma cena

Outra noite de miragens e eu não sei o que sou
Não é mesmo um milagre que alguma coisa sobrou?
Não me sinto inteiro, eu pressinto sufoco
Devo ser sereno quando sonhos ainda são sonhos?

A dúvida me lancina, evito confrontos
Cultivo um peito cheio de rancor
Paixão que fascina a um ponto sem retorno
Acordo refeito, mas ainda sinto o ardor

O silêncio é farsa, o silêncio é dor
O que eu tenho não basta e o que basta é tão pouco
Eu não tenho respostas, eu mal sei as questões
Nada disso me importa, nem migalhas, nem ilusões

Meu jogo favorito é fingir pretensões
Um fracasso a mais, mas aprendi a lição
Tingindo de tinto meus mil perdões
Esquecido em paz terei redenção

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