terça-feira, 16 de setembro de 2008

Darma

Comecei a manhã perseguindo um delírio
Agora a loucura vã tem mais um capítulo
Olho o meu reflexo e sinto repulsa
Nada tem nexo, nada disso tem cura

Minha mente errante busca o mesmo caminho
E assim como antes, me sinto sozinho
O Sol se ergue e me atraí como nunca
Ninguém me persegue e esse é o motivo da fuga

O céu rubro anuncia uma noite desfeita
Um nome ressoa na minha cabeça
Ouço com atenção o sibilar do vento
Abençoar corações fartos de desespero

Atrás de respostas, atrás de repouso
Nada importa agora quando tudo é tão pouco
A luz do inverno desperta meu mundo
Nunca estive tão perto do meu próprio absurdo

Revejo as mentiras até a fantasia morrer
Uma coleção de feridas com que me adornei
No transcorrer da tormenta apenas a dor é real
E ao encontrar os seus olhos eu vejo todo o meu mal

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