sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Enigma

Qual o homem não se sente seguro
Onde fogem seus desejos obscuros?
Sozinho, eu espero se revelar
Um enigma que se recusa quebrar

Pinturas disformes nas paredes
Revelam para onde fugiu a mente
Resisto ao auto-convite
Mas uma voz repete e insiste

Tão perto assim? Por que eu não te vejo?
Vivo ao fim, mas perdi seu segredo

Andando lado a lado com o vazio
Ainda marcado o beijo macio
Cada vez mais distante, me aproximo
Chego no instante de ser esquecido

Soa a chuva e você se perde
Desiste da busca e apenas segue
Mais um é enterrado, é o destino
Queria ter te encontrado ainda vivo
Salvei a mim mesmo, eu acredito
E sua voz se perde no infinito

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