sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Assim Começa o Inverno...

Há dias que desperto invisível
Flutuando, vejo a vida fugir
Meu corpo inteiro está insensível
O gosto do veneno faz a vista fulgir

A névoa se torna vidro
E revela entre suspiros
Os seus lábios me tocam no frio
Em meio ao caos a tensão nos uniu

E o dia torna-se negro
Ao meu redor vozes se erguem
À distância eu te contemplo
E assim começa o inverno

Percebendo a deserção do espírito
Busco no vazio algo para me apoiar
Recebendo a benção do destino
Afundo sozinho e nada pode evitar

Seu perfume adormece a dor
Me conduz, consumindo meu corpo
Sua voz sussurra perdida
Sinto o toque de suas mãos frias

E o dia torna-se negro
Ao meu redor vozes se erguem
À distância eu te contemplo
E assim começa o inverno

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