quarta-feira, 30 de abril de 2008

Esplendor

A cegueira rege seu perdão
E as crianças conhecem o refrão
Desprezo é o veneno mais barato
Sufocado na agonia do orgasmo

Seu corpo pulsa, a parede vibra
A corporação me usa na chacina
O dia inteiro eu sinto a fúria
Convulsão no gueto e eu tenho culpa

A miséria pesa em seus braços
É sangue que tenho em meus lábios

Nunca confie na piedade
Daqueles que cuspiram em sua face
A cidade transpira em um dia quente
O odor de morte me faz doente

Toda a repulsa, toda a verdade
Está nas ruas, está na carne
Tudo perfeito, além do medo
Atrás do espelho de vidro negro

A miséria pesa em seus braços
É sangue que tenho em meus lábios

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