terça-feira, 25 de setembro de 2007

Desejo

Penetra em meu quarto um invasor invisível e se posta ao meu lado. Admira meu sono nu de noite quente, agitado e ansioso. Me conforta com seus lábios quentes que percorrem meu corpo, cada centímetro exposto, por toda minha carne, numa caricia terna como um sussurro. Indefeso e impassível, estremeço no prazer inesperado do amante sem nome e sem corpo que me envolve, me desnorteia e me desperta. A porta está aberta e eu estou só. O Desejo febril partiu tão silencioso quanto entrou.

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