Dádiva podre, sangue da alvorada
Voraz em seu nome, oh minha musa mutilada
Louvada as dores, soberba toxina
Acentuando as cores da minha alma distorcida
Lucidez nervosa, aceleração cardíaca
O perfume de mil rosas não me toma da carniça
Asas despedaçadas, olhos incandescidos
Enxuga-me as lágrimas e silencia os meus gritos
A ferida é cálida, a navalha é tingida
Ignoro sua falácia, só dou ouvidos à agonia
Espelho de bronze, frenesi interrompido
Rastejo ao horizonte, amaldiçoado seja o seu sorriso
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
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